domingo, 11 de setembro de 2011

PELA LIBERDADE DE CRENÇA (Monopólio Religioso)

              A humanidade sofreu por muito tempo com a ausência de liberdade dos cidadãos comuns, mormente no que se concerne ao seu direito de dispor de suas próprias ideias e crenças. Com efeito, remontando à Antiguidade e compreendendo todos os diversos períodos até a Revolução Francesa, podemos calcular mais de 5 mil anos em que os humanos vinham sendo cerceados na sua faculdade de emitir os seus conceitos pessoais.
               Ideias de cunho político praticamente não seriam possíveis, a não ser referências sobre a maneira como os poderosos atuavam em suas altas funções.
               Com respeito a outras ideias, como as religiosas, menos ainda. Interpretações diferentes dos costumes e credibilidade cultural seria suicídio total. As religiões imperantes eram oriunda dos deuses conforme os ensinamentos dos sacerdotes (padres, pastores) e, assim, de contexto absoluto e incontestável. Posições estranhas das odorações e rituais predominantes resultavam na execração pela própria coletividade. Além do mais, questionamentos e dúvidas sobre assuntos religiosos abalariam o poder, o mando e as prerrogativas da classe sacerdotal, que usufruia da maior riqueza.
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VEJA BEM: a Igreja (qualquer delas) nunca aceitou a Filosofia. E não aceita ser questionada em seus dogmas. Por quê?
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               Somente vamos encontrar na Grécia pessoas com ideias divergentes das crenças dominantes, com os filósofos. Todavia, o ambiente grego era mais acolhedor, embora não fosse totalmente liberado a ponto de os cidadãos poderem livrememte manifestar crenças opostas às dominantes. Mesmo porque alguns filósofos foram perseguidos e processados sob a acusação de portarem ideias contrárias às crenças religiosas.

 MONOPÓLIO RELIGIOSO

                  Na Idade Média, quando a religião cristã dominou os países europeus, a situação continuou igual à dos tempos anteriores: pouco progresso intelectual e deficientes meios de comunicação contribuiram para que os cidadãos comuns permanecessem com suas crenças inalteradas, não havendo, portanto o contraditório.
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VEJA BEM: "...pouco progresso intelectual..." . Podemos acrescentar pouco progresso científico.
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À medida em que o Cristianismo avançava por toda parte  do Império Romano, a Igreja Católica foi se organizando como uma poderosa classe sacerdotal. Com o vazio deixado pela queda do império, a Igreja  enveredou por uma política de expansão e destruição das crenças nativas das regiões europeias, para tanto usando da persuasão e da força.
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VEJA BEM: uma das maneiras de persuasão é a representação anual da morte de Jesus Cristo na cruz. Nesta representação já nos colocam em nossa mente que Ele teria morrido por nós por "amor", levando nossos pecados", e que por isso Lhe devemos devoção através da Igreja. Ou seja, nos incutem um sentimento de culpa.

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                 De sorte que, por todo lado a Igreja ia se fortalecendo como poder temporal e exterminando tudo que era diferente de suas crenças. Instaurava-se nas terras europeias o monopólio religioso, sem espaço para outras crenças. Elucidam os estudiosos que as religiões monoteístas são as mais totalitárias e intolerantes à existência de outras crenças e outros deuses. Foi o caso do cristianismo. Quando o poder lhe caiu nas mãos, a Igreja envidou todos os seus erforços para o extermínio de qualquer vestígio de liberdade de crença.
                 Consequentemente, os povos europeus sob sua influência se viram forçados a adotar somente a religião cristã sob pena de serem impiedosamente massacrados como o foi quase todo o povo saxão. Isso significa que os indivíduos não poderiam ter liberdade a crenças diversas do cristianismo.
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VEJA BEM: o cristianismo só existe porque foi imposto . Um livro que aborda bem isso se chama "Mitra".
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                 De qualquer forma, com essa política de padronização das crenças a todos os povos, a Igreja começou a policiar os pensamentos dos cidadãos . Nos chamados Estados Papais, um cidadão que apenas lesse um livro diferente daqueles indicados pela Igreja, mesmo católico praticante, era passível de condenação e, dependendo da espécie do livro que portasse ou que o tivesse em sua biblioteca, poderia ser condenado à morte.
                 Durante mais de 600 anos, a Igreja usou de todos os meios para impedir a liberdade de opiniões e ideias. Para tanto, seu terror policial usou da tortura, prisões, exílios e mortes horríveis.
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VEJA BEM: basta ver a justificativa dada pela Igreja a respeito da escravidão.
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Estimam alguns autores que nada menos do que 9 milhões de pessoas foram mortas por essa atitude despótica, e outros milhões apodreceram nas prisões e nas galés.
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VEJA BEM: crescemos ouvindo falar de "Bíblia Sagrada". Ora, o que é sagrado não deve ser questionado. Por que não??Será????
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Para ler o texto na íntegra:
Texto: "Pela liberdade de crer" do prof. J. Vasconcelos
Página: 17
Revista: Filosofia, nº 26
Ed.: escala eduacional
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               A Filosofia deve acompanhar todas a crenças religiosas.
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             As crenças africanas, no Brasil, até hoje sofrem perseguição da Igreja. Inclusive a Umbanda nascida no Brasil.
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