segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Teledomingo




Estou indignado quanto ao programa apresentado pelo Teledomingo no início deste ano.

No início da reportagem, o Túlio Milman diz que o Teledomingo “irá mergulhar nos mistérios das religiões afro-brasileiras.” Na verdade, eles não chegam a mergulhar e sim molhar os pés mal e porcamente. Talvez por medo da água ou por não saberem nadar nesta profundidade.

 Logo após, falam sobre os navios negreiros. De fato, foi dessa forma que os africanos escravizados, e não escravos, chegaram aqui. Bem dito pelo Túlio: “Foram arrancados da África.” Ele poderia ter dito também que os navegadores tinham o grande aval da Igreja Católica. A “Santa Igreja de Jesus Cristo.” Mas não falou.

Depois disso, fala em Oxum, Iemanjá, Oxalá.... Muito bem. E mostram um altar de Umbanda. Não desprezando essa religião. Mas aqui há um erro: misturaram a religião africana com a Umbanda. Poderiam ter explicado: as imagens católicas eram usadas para disfarçar os cultos africanos. Pois eram perseguidos pela Igreja, pela “Santa Igreja”, como algo demoníaco, contra os fundamentos de “Deus”. De um suposto “Deus”. Mas não disseram. Aqui já começa a confusão visual para aqueles que não têm um conhecimento sobre religiões espirituais.

Após, fala uma antropóloga. Mais uma vez o pano de fundo é um altar de Umbanda. Diz que cada Orixá corresponde a um determinado elemento da natureza ou alguma atividade humana. Muito bem. Mas não explica o que é um Orixá. Por exemplo: Xangô. Ele foi uma pessoa que existiu na África. Foi rei do Reino de Oyó.  Esse espírito se manifesta através de incorporação. Hoje a ciência prova as manifestações espirituais. Hoje se sabe que espíritos existem. Poderia ter dito isso. Mas não disse. Para o leigo vai parecer delírio da mente humana.

É mostrada também antes da fala da antropóloga uma oferenda no mar para Iemanjá. O lugar de oferenda não é no mar e sim no rio. Mas isso é outra história.

Mas agora é que se apresenta um enorme erro!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Após a segunda fala da antropóloga que diz que alguns rituais de determinados Orixás, entidades, devem ser praticados fora por habitarem aquele determinado local, o Túlio diz que a encruzilhada ou o cruzeiro é o encontro das energias. Mas quais energias???? Ele não diz. Não é explicado. Aqui foi uma sessão de palavras que carecem de muita explicação.  Inclusive as da antropóloga.
O  que é mostrado nos fundos de um cemitério é um ritual de Exu, regado a cânticos próprios para eles, e não de Orixás. Não sei qual a intenção desta reportagem de fato. Não está informando ninguém. Está desinformando. Pois mal estão falando em Orixás e mostram, logo após, um ritual de Exu ( onde as pessoas estão vestidas de preto e vermelho) que é algo totalmente adverso aos Orixás. A pessoa leiga vai pensar que o Culto aos Orixás é sacrifício de animal no cemitério, regado a pipoca e cachaça.
Quando o presidente da  Afrobrás, Jorge Verardi,  diz que,no culto aos Orixás,  é oferecido animais a essas entidades, o  programa Teledomindo  mostra outra vez um ritual de culto ao Exu, onde o senhor Paulinho do Xoroqué está sacrificando uma ave para algumas entidades de cemitério: Exus. Mais uma vez nada tem haver como Culto aos Orixás. Além do mais o Teledomingo associa a palavra Orixá a uma imagem de Exu. Podemos dizer que é uma mensagem subliminar. Quando acontece isso? Quando o Jorge Verardi no  momento em que pronuncia a palavra Orixás é mostrada uma imagem de Exu quando o senhor Paulinho do Xoroquê atira uma ave sacrificada diante desta imagem.  Inclusive o senhor presidente da Afrobrás não dá explicações esclarecedoras.

       A reportagem do Teledomingo foi uma péssima apresentação da cultura africana no Rio Grande do Sul. Creio que a intenção foi denegrir o Culto aos Orixás através de mensagens subliminares, relacionando-o ao culto aos Exus. Seria preferível não ter apresentado nada ao povo gaúcho ao ter mostrado um monte de imagem jogada a esmo na televisão. Falta de explicações históricas, falta de explicações do próprio ritual aos Orixás e aos Exus, que são duas coisas completamente diferentes. Falta de profundidade na matéria.

       Uma reportagem asquerosa, repudiante com más intenções.
       Repito: não informa nada!! Só desinforma!!!!
       O que me deixa impressionado também é como o senhor presidente da Afrobrás, que deve ter um ótimo conhecimento da cultura iorubá, permitir na televisão essa reportagem!!!

domingo, 11 de dezembro de 2011

A opinião nos limites da comunicação


A opinião nos limites da comunicação


Em A República de Platão, constatamos uma dura condenação ao sistema democrático ateniense. Ele constatou um problema que se perpetuou por toda a história da democracia: a doxa como critério e seus efeitos perversos.
Este conceito grego, que hoje podemos traduzir por opinião, era utilizado como instrumento pelos sofistas, inimigos da filosofia platônica. Através de um caloroso discurso que envolvia apelo emocional e uma retórica sem muitos fundamentos, esses sofistas controlavam a opinião pública. E quem forma a opinião, em uma democracia, controla a Política. Essa forma de controle nem sempre é racional, por isso não tem comprometimento com a verdade, na visão dos filósofos gregos.
Jean-Jaques Rousseau, em carta ao filósofo D’Alembert, afirmou categoricamente que o homem moderno vive quase sempre alheio a si mesmo. Em sociedade, vivemos muitas vezes sob a ditadura invisível da opinião dos outros. Para o filósofo genebrino, os nossos gostos para comida, roupa, Religião (grifo meu) e parceiros matrimoniais quase nunca levam em consideração o nosso mais profundo e verdadeiro afeto. Na verdade, para o homem burguês civilizado, a verdade sobre si mesmo já não importa mais. A opinião pública é o que determina o que nós devemos gostar ou sentir. A aprovação dos outros é o parâmetro garantidor do certo e do errado. Do que é bom ou ruim para nossas vidas. Por fim, ele afirma categoricamente que é a avaliação do outro, manifestado sob a forma de opinião pública, que define se nós realmente somos felizes. (grifo meu)
No Iluminismo, alguns filósofos como Denis Diderot perceberam não só a importância da opinião pública para a vida pessoal, como também as conseqüências que a recém criação dos panfletos e dos jornais impressos trariam. Perto do término da primeira edição da Enciclopédia, ele percebeu que as verdades científicas contidas nos artigos tinham pouco impacto em comparação aos preconceitos disseminados pelos jornais de sua época. (grifo meu) Afinal, é mais provável que o cidadão leia diariamente um jornal do que um artigo qualquer naquele compêndio. Ele logo percebeu que a razão científica tinha pouca força em comparação ao senso comum legitimado pela “mídia” de sua época. Isso o fez se dedicar ao teatro. As obras teatrais feitas para o grande público tinham muito mais força e influência sobre a vida dos cidadãos e do país do que a Enciclopédia e os jornais juntos. As encenações verbais e visuais têm um apelo muito maior do que o meramente escrito. Esse recurso, segundo ele, é a melhor linguagem para se formar uma opinião pública esclarecida.
Os meios de comunicação de massa, em especial a televisão, se tornaram provas incontestáveis do quase acerto de Diderot. Quase. O único detalhe, como muito bem nos esclareceu Bertolt Brecht e toda escola de Frankfurt, é que os meios de comunicação nunca se preocuparam em oferecer uma influência esclarecedora e virtuosa. Como a mais importante formadora de opinião do século XX, a mídia se aliou aos dominantes e ao discurso do senso comum para sobreviver. Sua postura e sua linguagem foram essenciais para garantir índices de audiência e de lucro satisfatórios. (grifo meu)
É preciso deixar claro que a opinião pública não é a somatória das opiniões individuais, como muitos meios de comunicação querem fazer crer. As estatísticas sobre a avaliação do governo, dos votos para presidente, das pessoas que gostam de chocolate, do consumo de gordura por habitante ou da satisfação com o matrimônio não revela em nada sobre o que cada um realmente sente ou pensa. Os nossos gostos já estão pré-definidos na tabela enviesada que constitui os formulários de perguntas feitas aos entrevistados. Um punhado de gente que seria, em teoria, representante de milhares de pessoas.
A opinião pública antecede a opinião individual. Mais do que isso, ela constitui o que cada um de nós pensa a respeito de um determinado assunto. Como podemos saber se o governo de Hugo Chávez é bom ou ruim se nós não moramos na Venezuela? Quais são os parâmetros que cada brasileiro tem para avaliar negativamente nossos deputados federais se não acompanhamos o dia a dia do Congresso? Quem realmente sabe quais são as atribuições de um deputado? Como podemos afirmar que Gisele Büdchen é a modelo mais bonita do mundo sem termos a oportunidade de compará-la com todas as outras existentes? Na incapacidade de podermos criar uma opinião própria sobre todos os assuntos relativos à nossa vida, tornou-se essencial compartilharmos a opinião dos outros. Afinal, nunca estamos totalmente certos da validade de nossos gostos e pensamentos e muitas vezes necessitamos do aval do outro para podermos agir “corretamente”. A nossa opinião, fruto de uma socialização, é lógica e cronologicamente anterior ao indivíduo. Quase nunca tem origem, em nossas experiências pessoais com o mundo. Se temos opiniões sobre políticos nacionais e internacionais, sobe modelos, sobre índices de qualidade de vida, sobre o melhor computador ou mesmo sobre os melhores critérios para se escolher um parceiro (sejam eles critérios físicos ou de comportamento) devemos aos valores divulgados pelos meios de comunicação de massa. Sejam elas opiniões explícitas ou disfarçadas como querem os jornalistas, por exemplo. São eles que nos informam opinativamente sobre o mundo. A mídia opina sobre como devemos pensar e sobre como devemos viver as nossas vidas.
                                              
                                                                       (Clóvis De Barros Filho)
(Professor de Ética Da ECA/USP e Conferencista do Espaço Ética.                                                                                          WWW.espacoetica.com.br)
Texto retirado da revista “Ciência e vida” – Filosofia, ano IV, nº 44
Referente à última postagem do blog: “Yawo”.

domingo, 4 de dezembro de 2011

Religiosidade Yorùbá


No religioso yorùbá, Culto aos Orixás (Ìsìn Òrìsà), não existe o mal : a maldade.
Só existe o bem. A prática do bem. Não se pensa o mal, porque não o há.
Ha maldade no grupo étnico yorùbá é repudiada. O "feiticeiro" é morto. Expulso da sociedade.
Para aqueles que pensam que isso é manifestação demoníaca, contra "Deus", deixo-lhes um recado:
                   - isso é manifestação pura da religiosidade de um povo;
                   - a maldade está nos olhos de quem ve, está na própia pessoa que dessa forma a interpreta; demonstrando assim, sua ignorância cultural.

domingo, 16 de outubro de 2011

La Santa Inquisicion Catolica (video)

Holocausto Judio (video)



Quanto mais pesquiso sobre a escravidão, mais perto chego do holocausto. Quanto mais pesquiso sobre o holocausto, mais perto chego da escravidão. Quanto mais pesquiso, mais perto chego da Igreja: o braço direito da destruição da humanidade!!!!

                                                                           Amém!!!
                                                             

                                                       

Tráfico de escravos (video)

Praias de Moçambique

Protestantes Luteranos apoiavam o nazismo

A MENTIRA DE FÁTIMA - Padre português conta tudo!!!

terça-feira, 20 de setembro de 2011

SALMO 21


SALMO 21



(revolta de um pastor contra o sacerdócio: ele descobre a verdadeira função dessa instituição que é ligada ao poder, largando a batina)

domingo, 11 de setembro de 2011

PELA LIBERDADE DE CRENÇA (Monopólio Religioso)

              A humanidade sofreu por muito tempo com a ausência de liberdade dos cidadãos comuns, mormente no que se concerne ao seu direito de dispor de suas próprias ideias e crenças. Com efeito, remontando à Antiguidade e compreendendo todos os diversos períodos até a Revolução Francesa, podemos calcular mais de 5 mil anos em que os humanos vinham sendo cerceados na sua faculdade de emitir os seus conceitos pessoais.
               Ideias de cunho político praticamente não seriam possíveis, a não ser referências sobre a maneira como os poderosos atuavam em suas altas funções.
               Com respeito a outras ideias, como as religiosas, menos ainda. Interpretações diferentes dos costumes e credibilidade cultural seria suicídio total. As religiões imperantes eram oriunda dos deuses conforme os ensinamentos dos sacerdotes (padres, pastores) e, assim, de contexto absoluto e incontestável. Posições estranhas das odorações e rituais predominantes resultavam na execração pela própria coletividade. Além do mais, questionamentos e dúvidas sobre assuntos religiosos abalariam o poder, o mando e as prerrogativas da classe sacerdotal, que usufruia da maior riqueza.
...............................................................................................
VEJA BEM: a Igreja (qualquer delas) nunca aceitou a Filosofia. E não aceita ser questionada em seus dogmas. Por quê?
.............................................................................................
               Somente vamos encontrar na Grécia pessoas com ideias divergentes das crenças dominantes, com os filósofos. Todavia, o ambiente grego era mais acolhedor, embora não fosse totalmente liberado a ponto de os cidadãos poderem livrememte manifestar crenças opostas às dominantes. Mesmo porque alguns filósofos foram perseguidos e processados sob a acusação de portarem ideias contrárias às crenças religiosas.

 MONOPÓLIO RELIGIOSO

                  Na Idade Média, quando a religião cristã dominou os países europeus, a situação continuou igual à dos tempos anteriores: pouco progresso intelectual e deficientes meios de comunicação contribuiram para que os cidadãos comuns permanecessem com suas crenças inalteradas, não havendo, portanto o contraditório.
............................................................................................
VEJA BEM: "...pouco progresso intelectual..." . Podemos acrescentar pouco progresso científico.
..........................................................................................
À medida em que o Cristianismo avançava por toda parte  do Império Romano, a Igreja Católica foi se organizando como uma poderosa classe sacerdotal. Com o vazio deixado pela queda do império, a Igreja  enveredou por uma política de expansão e destruição das crenças nativas das regiões europeias, para tanto usando da persuasão e da força.
...........................................................................................
VEJA BEM: uma das maneiras de persuasão é a representação anual da morte de Jesus Cristo na cruz. Nesta representação já nos colocam em nossa mente que Ele teria morrido por nós por "amor", levando nossos pecados", e que por isso Lhe devemos devoção através da Igreja. Ou seja, nos incutem um sentimento de culpa.

..........................................................................................
                 De sorte que, por todo lado a Igreja ia se fortalecendo como poder temporal e exterminando tudo que era diferente de suas crenças. Instaurava-se nas terras europeias o monopólio religioso, sem espaço para outras crenças. Elucidam os estudiosos que as religiões monoteístas são as mais totalitárias e intolerantes à existência de outras crenças e outros deuses. Foi o caso do cristianismo. Quando o poder lhe caiu nas mãos, a Igreja envidou todos os seus erforços para o extermínio de qualquer vestígio de liberdade de crença.
                 Consequentemente, os povos europeus sob sua influência se viram forçados a adotar somente a religião cristã sob pena de serem impiedosamente massacrados como o foi quase todo o povo saxão. Isso significa que os indivíduos não poderiam ter liberdade a crenças diversas do cristianismo.
.......................................................................................
VEJA BEM: o cristianismo só existe porque foi imposto . Um livro que aborda bem isso se chama "Mitra".
............................................................................................
                 De qualquer forma, com essa política de padronização das crenças a todos os povos, a Igreja começou a policiar os pensamentos dos cidadãos . Nos chamados Estados Papais, um cidadão que apenas lesse um livro diferente daqueles indicados pela Igreja, mesmo católico praticante, era passível de condenação e, dependendo da espécie do livro que portasse ou que o tivesse em sua biblioteca, poderia ser condenado à morte.
                 Durante mais de 600 anos, a Igreja usou de todos os meios para impedir a liberdade de opiniões e ideias. Para tanto, seu terror policial usou da tortura, prisões, exílios e mortes horríveis.
.........................................................................................
VEJA BEM: basta ver a justificativa dada pela Igreja a respeito da escravidão.
..........................................................................................
Estimam alguns autores que nada menos do que 9 milhões de pessoas foram mortas por essa atitude despótica, e outros milhões apodreceram nas prisões e nas galés.
..............................................................................................
VEJA BEM: crescemos ouvindo falar de "Bíblia Sagrada". Ora, o que é sagrado não deve ser questionado. Por que não??Será????
...........................................................................................
Para ler o texto na íntegra:
Texto: "Pela liberdade de crer" do prof. J. Vasconcelos
Página: 17
Revista: Filosofia, nº 26
Ed.: escala eduacional
..............................................................................................
               A Filosofia deve acompanhar todas a crenças religiosas.
  ............................................................................................
             As crenças africanas, no Brasil, até hoje sofrem perseguição da Igreja. Inclusive a Umbanda nascida no Brasil.
..................................................................................................

domingo, 4 de setembro de 2011

       ESTÁDIOS, IGREJAS E ESCRAVIDÃO

              Quando vamos a um estádio de futebol, o que queremos? Qual o nosso objetivo? A resposta que logo nos vem à mente é simples: assistir ao nosso time, aos nossos jogadores, ao espetáculo dos dribles , dos passes, das defesas e, logicamente, dos gols. Isso tudo é um processo inconsciente. No fundo, procuramos alívio para correria do dia-a-dia, para as precupações, contas a pagar. Ou seja, alegria. E, de certa forma, esquecer de todos esses problemas por um período de 90 minutos. Às vezes um pouco mais. Por outro lado, também nos causa ansiedade, preocupação e medo. Será que meu time vai ganhar? Se for para os pênaltis, então, que horror!!!! Coração acelerado. Irritação. Sofrimento. Mas, no final, tudo acaba no alívio.  E não podemos nos esquecer de uma coisa: PAGAMOS POR ESSE ALÍVIO!!!! OU SEJA, COMPRAMOS NOSSA ALEGRIA!!!!!
          Quando vamos a uma igreja qualquer, o que queremos? Qual o nosso objetivo? A resposta, pode ser outra, que logo nos vem à mente é simples: assistir a atuação de um padre ou um pastor, que provavelmente gostamos, com seus discursos que nos aliviem. Que nos aliviem da correria do dia-a-dia, contas a pagar, etc.  "Deus" está do nosso lado lutando conosco. E não nos deixará cair. Tudo isso por um período de 60 minutos ou um pouco mais. Isso tudo é um processo inconsciente. No fundo, procuramos alívio para nossas ansiedades, medos... Mas, por outro lado, também nos causa preocupação e medo. Será que, realmente, estou seguindo as "leis de Deus"?? Será que, de fato, existe alguém que está me observando e anotando tudo que faço de errado para me julgar depois?? Na dúvida......
           Assim como os espetáculos de futebol  me causam especativas,e no final o alívio, os espetáculos dos  discursos também me causam a mesma especativa e alivio. No final das contas, estou perdoado pelos pecados cometidos. Pois "Deus" me ama. Não há porque me preocupar. Saio aliviado da igreja, assim como saio aliviado do estádio. E não nos esqueçamos de uma coisa: PAGAMOS POR ESSE ALÍVIO!!!! OU SEJA, COMPRAMOS NOSSA ALEGRIA!!!!!! A FAMOSA OFERTA!!!
          (Uns dizem que não somos obrigados a ofertar. Será? Pode não ser explícito, mas os discursos desses senhores são tão bons, se não não seriam pastores ou padres, que nos deixam, inconcientemete, culpados por não dar-mos a oferta. Uma das frases célebres é: "Oferte de acordo com o seu coração!!". "Cá pra nós: não deixam de ser vendedores! Aliás, assim como os vendedores tem um ótimo discurso para vender seus produtos, esses senhores também o têm. Afinal, a conversa tem de ser boa para o povo se sentir "tocado" e ofertar. Se não, como sobreviviriam?) (Muitas religiões trabalham com essa filosofia.)
         ..............................................................................................
           Os discursos feitos aos escravos diziam que eles tinham que trabalhar para pagarem por seus pecados, por isso que foram escravizados. E que no final viria a alforria, para o seu alívio, seu descanso e sua paz. OU SEJA: ELES PAGARAM PELO SEU ALÍVIO!!!! PELA SUA LIBERDADE!!!! PELA SUA ALEGRIA!!!!

                                                     (Alexandre OS)

quarta-feira, 29 de junho de 2011

A Bíblia é uma forma de dominação!!!

GENIAL


Para descontrair e ao mesmo tempo pensar!!!!



SENSACIONAL

DENÚNCIA GRAVE: Pastores acusam crianças de bruxaria na Nigéria

Pastores de igrejas evangélicas na Nigéria estão acusando crianças de serem bruxas, levando ao abuso e a crueldade indiscritíveis a crianças inocentes.

Elas estão sendo abandonadas pelos pais para morrerem, isso quando não são mortas, espancadas, queimadas, envenenadas, enterradas vivas, amarradas a árvores, entre outras crueldades.

Estima-se que cerca de 5.000 crianças foram abandonadas desde 1998, e que de cada 5 crianças abandonadas, uma acaba morrendo, e as que sobrevivem ficam em estado de choque.

Os pastores fazem parte das igrejas evangélicas "Assembléia do Novo Testamento", "Igreja de Deus das Missões", "Evangelho Monte Sião", "Glória de Deus", "Irmandade da Cruz", "Liberdade do Evangelho", entre muitas outras.

São os pastores que dizem que as crianças estão enfeitiçadas, e eles prometem fazer um exorcismo para curar as bruxas mediante pagamento, que pode custar 3 a 4 meses de trabalho.

Com a grande maioria das pessoas não podem pagar, elas abandonam as crianças, ou utilizam outros métodos para tentar "curá-las".

Esse é o link da notícia, em inglês:

http://www.guardian.co.uk/world/2007/dec/09/tracymcveigh.theobserver

Queimar crianças!!!!!!!!!!!!! Os prórpios pastores!!!!!!!! Estamos voltando à Idade Média!!!!
Mais uma vez a igreja está destruindo povos, civilizações. Isso em nome de Deus, de Jesus!!! Inventam histórias para o povo e ele acredita!!!
Coisa de povo africano pobre, sem cultura???
Nada isso, basta observar o Brasil e suas igrejas evangélicas!!! Acontece a mesma coisa, a ponto de invadirem centros espíritas e comçarem a destruir os templos!!!! Só não matam pessoas, ainda!!!!!!
Observe:


A escravidão acabou?????????????????
A perseguião acabou??????
Eles sempre começam suas igrejas pelas localidades mais pobres!!!! Por quê?
Se você quiser fazer uma revolução, você faria com a classe média - alta, ou com a baixa??
Logicamente com a baixa, pois é maioria da populaçao em qualquer país do mundo!!!
Vejam o filme "Alexandria" e você verá o que foi o Cristianismo!!!! E por que ele está aí até os dias de hoje!!!

ÁFRICA - UMA HISTÓRIA REJEITADA

Escravidão X Vaticano


"Santas Igrejas”

- Podemos perceber que o cristianismo sempre foi usado como “testa de ferro” para dominar os povos, nos quais o clero tinha interesse.

- Escravidão: “forma de punir  e purgar o pegado.”
Mas qual pecado?
O de serem negros (pretos), por isso não tinham alma.
De praticar cultos pagãos!!! A África era considerada terra da perdição, pagã. Por conseqüência, tudo que vem de lá é diabólico até hoje!
Entende-se por pagão aquilo que não faz parte do cristianismo. É considerado herege, pagão, diabólico.

- Hoje em dia, ainda há escravidão, principalmente a escravidão religiosa.  Não mais a física, é claro, mas a psicológica empregada pelas igrejas cristãs. Por seus pastores e padres. Ou seja, o ritual religioso que não faz parte do cristianismo, seja o budista, umbandista, espíritas em geral  etc., é considerado  pecado, servindo para desvirtuar os seres humanos da verdadeira fé, ou da verdade!!!
 Pergunto: Qual é a verdadeira fé?? Qual  é a verdade??

- Não há perdão!!!!!!!!
É muito fácil para os cristãos ditarem normas de perdão, porque não foram eles que sofreram com a escravidão. Não foram eles que viram seus familiares serem mortos na sua frente, esquartejados, suas filhas estupradas, seus filhos pequenos sendo decapitados, etc.  Dessa forma fica muito cômodo para eles esses dogmas ditos de “libertação”. Em contra partida, eles não aceitam outras culturas.  E muitas vezes, ou quase sempre, as repudiam!!
Prova está o que a Igreja diz do Espiritismo. A Igreja diz que Espiritismo é o falso espiritismo.
Quem são eles para julgar? Por um acaso, o verdadeiro espiritismo é praticado por eles?
Muito lógico, não?!
Muito curioso!!

- Assim como o Vaticano luta, ainda, pelo domínio do povo,  outras igrejas, como as evangélicas, também o fazem.
Mais uma vez é o poder político, de dominação de um povo para interesses particulares, que impera!!!!!!!!

                                                                  
                                                                               

                                                              

quinta-feira, 23 de junho de 2011

CRISTIANISMOGUERA

         "Nos séculos XVII e XVIII, muitos padres aproveitavam o momento da confissão para assediar sexualmente as mulheres.
      Uma das formas de violência sexual às quais as mulheres estavam submetidas no Brasil colonial era a investida de padres, que apreveitavam o momento em que ouviam as confissões para assediá-las, especialmente quando as penitentes revelam os chamados pecados da carne. Como eram delitos cometidos somente por padres, essas práticas nunca foram julgadas pela Justiça comum, e assim pela Justiça Eclesiástica. (que na verdade nunca funcionou)-adendo meu-
           A confissao anual obrigatória foi um dos principais instrumentos da Reforma Católica, inspirado pelo Concílio de Trento. (lembrando: tudo criado e invenado para dominação de um povo)-adendo meu-
       De acordo com a documentação inquisitorial guardada no Arquivo Nacional da Torre de Tombo, em Lisboa, 503 mulheres denunciaram 425 padres por solicitação  no Brasil entre 1610 e 1810. Mas como a maioria das mulheres era analfabeta, muitos padres escreviam as denuncias para os Comissários do Santo Ofício.
        Muitas vezes as mulheres eram responsabilizadas pelo desvio de conduta dos párocos, transformados em vítimas da tentação feminina. Os solicitantes, para se defender, valiam-se de representações da mulher derivadas de um modelo estabelecido pelo cristianismo: elas só pdiam ser Marias ou Evas, santas ou pecadoras. Esse modelo, além de servir para classificar as mulheres, justificava as agressões àquelas que eram acusadas de falta de pudor, de virtude ou de modéstia, identificadas com Eva.
        O modelo de comportamento feminino ideal, representado por Maria, era incompatível com a vida cotidiana daquelas que trabalhavam para sobreviver, sem a tutela masculina. Só poderia ser aplicado às mulheres abastadas, que viviam reclusas em suas propriedades e dependiam de seus pais ou maridos. Esse padrão de identidade feminina, vindo da Europa, tornou-se mais cmplexo na Colônia, pelo peso que a entnia adquiria numa sociedade em que havia a escravidão de índios e africanos. Índias, negras e outras mulheres pobres eram alvos fáceis  para as investidas dos solicitantes, embora as de melhor condição social não estivessem totalmente imunes.
        Foi o que aconteceu com a parda forra Ana Maria dos Serafins. O confessor não mediu palavras para tentar obter o que queria, mas ela repeliu as insinuações do padre Bento de Souza Álvares alegando que viera lavar-se dos seus pecados dos quais se arrependia. O vigário insistiu para que Ana Maria deixasse o arrependimento para a hora da morte, pois tinha maiores culpas, e se animou a querer-lhe levantar a saia, apriveitando o fato de a igreja estar vazia. Desvencilhando-se, a mulher fugiu para a rua. O padre a seguiu, tornou a pegá-la, e tentou levantar sua saia enquanto ambos desciam a ladeira do Convento de São Francisco do Rio de Janeiro, no qual ficava a Capela dos Terceiros, onde Ana Maria fora se confessar.
        Os casos de abuso são incontáveis. Frei Euzébio Xavier de Gouveia chegou a dizer à escrava Joana que tanto fazia casar donzela quanto já corrupta, enquanto agarrava seus seios. Na Bahia, o padre Pedro da Silva costumava perguntar às penientes se elas tinham vaso grande ou pequeno.
        Quando se apresentou ao comissário do Santo Ofício de Pernambuco, para confessar o abuso de seis mulheres, o padre José Pereira Afonso se explicou dizendo que os confessores não solicitavam mulheres na confissão e que as coisas não eram assim na Europa, por viverem as mulheres com mais recato e não haver tanta solidão, nem escravos que no Brasil são a perdição das casas.
       A obrigatoriedade anual da confissão durante a Quaresma, determinada pelo IV Concílio de Latrão, permitia que o clero tivesse um controle sobre o comportamento de seu povo. (é para isso que serve o confessionário)-adendo meu-
Os fiéis também eram estimulados a se confesssar pela necessidade de absolvição dos pecados para a salvação da alma. Ao profanar esse "imporante sacramento", a solicitação comprometia o sucesso do movimento reformador inspirado pelo Concílio de Trento. (agora você sabe para que servem os ditos Concílios)-adendo meu-
.........................................................................................................

                              Guera, puera, quera

        Ao juntar, a um vocábulo X,  terminação -guera (-quera ou -puera, de acordo com a eufonia), obtemos uma curiosa alteração semântica: X + guera é o que foi X, não é mais (ao menos, em sentido próprio e rigoroso), mas preserva algo daquele X que um dia foi. Assim, anhangá é diabo, espírito com poderes; já anhanguera é alguém que sem ser (mais) diabo, preserva algo do poder que um dia teve em plenitude.
        A composição guera é frequente no tupi (língua indígena) e está continuamente a nos recordar que há uma conexão entre o presente e o passado, entre o futuro e o presente; que há leis naturais regendo o desenvolvimento das coisas e que as ações têm consequências: projetam-se, deixam um rastro, um guera.
        O português não distingue a carne integrada no vivente, da que se vende no açougue; nem a pele do animal vivo da que está na bolsa ou artefato. Porém, para a sensibilidade em face da natureza, que há no tupi, soó é carne viva do animal, mas a que está na panela ou churrasqueira é soóquera; a pele, no corpo do animal vivo, é pi; uma vez extraída, porém, é pipera. E peruca é abaguera (aba é cabelo vivo); enquanto de canga (osso), forma-se canguera,ossada, esqueleto de animal; e pepocoera é a pena (pepó)
arrancada do pássaro.
         A articulação tupi X + guera pode ser de grande alcance antropológico. A ética clássica ocidental apoia-se na construção de que o ato humano não se esgota no momento que a ação foi praticada; deixa marcas, projeta-se. Segundo Gabriel Perissé: "O passado é aquilo que não passou. É aquilo que ficou em forma de experiência, de conhecimento, de conselho, de consciência e de capacidade de análise".
         Ficou criando na alma, por exemplo, uma predisposição (um guera) para o vício ou para a virtude. Precisamente este é um dos sentidos de guera: o hábito, a disposição para praticar novos atos no sentido dos anteriores.
        O passado permanece no presente, e é, como escreveu o contista angolano José Eduardo Agualusa, "como o mar: nunca sossega".
       O bullying que a criança sofre hoje pode deixar uma maca para o resto vida; um trauma qualquer pode custar anos de terapia."

..........................................................................................................
        Textos extraídos das revistas "Revista de História da Biblioteca Nacional" e  "Língua portuguesa".
        Para ler os textos na íntegra:
        1. "Revista de História da Biblioteca Nacional", p.58, artigo de Lana Lage Da Gama Lima, junho 2011
        2. "Língua Portuguesa", ed. Segmento, p. 26, artigo de Jean Lauand, junho 2011.
...........................................................................................................
         Título do blog criado por mim: "Cristianismoguera"